terça-feira, 5 de março de 2013

Saúde lança campanha para diagnosticar hanseníase

Mais de 9,2 milhões de estudantes de escolas públicas serão avaliados para diagnóstico precoce de hanseníase e verminoses em 800 municípios brasileiros. Entre os dias 18 e 22 de março, agentes comunitários e profissionais do Programa Saúde da Família vão visitar as regiões de maior incidência da doença em busca de sinais e sintomas. A ação será apresentada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quarta-feira (27), durante cerimônia de abertura do Encontro Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), no Rio de Janeiro.
Com o slogan “Hanseníase e Verminoses tem cura. É hora de prevenir e tratar”, a campanha tem como meta identificar os casos suspeitos em estudantes de 5 a 14 anos de escolas públicas localizadas em municípios com alta carga da doença. O objetivo é aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades em que a hanseníase e verminoses ainda persistem. As visitas às escolas, avaliar alunos que apresentem sinais e sintomas das doenças, serão realizadas em parceria com estados e municípios. A busca contará com a participação de agentes comunitários de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família.
Durante a campanha, os profissionais estarão atentos também aos estudantes que já foram diagnosticados pela doença para garantir o acesso ao tratamento e a cura do paciente. Já os casos suspeitos serão encaminhados à Rede de Atenção Básica de Saúde para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento.  “Se a equipe de saúde identificar uma criança ou um adolescente com hanseníase é porque tem um caso na sua casa ou na comunidade onde ele vive. Certamente este caso ainda não foi detectado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas houve a transmissão para o estudante. A campanha ajudará a descobrir comunidades onde ainda há transmissão da doença”, adiantou o ministro.
A iniciativa também pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e diarreia). Estes parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança.  O tratamento será realizado pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esta ação também prevê a distribuição de 10 milhões de cartilhas para orientação de professores e estudantes.

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