Mais de 9,2 milhões de estudantes de escolas públicas serão avaliados
para diagnóstico precoce de hanseníase e verminoses em 800 municípios
brasileiros. Entre os dias 18 e 22 de março, agentes comunitários e
profissionais do Programa Saúde da Família vão visitar as regiões de
maior incidência da doença em busca de sinais e sintomas. A ação será
apresentada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta
quarta-feira (27), durante cerimônia de abertura do Encontro Nacional do
Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
(Morhan), no Rio de Janeiro.
Com o slogan “Hanseníase e Verminoses tem cura. É hora de prevenir e tratar”,
a campanha tem como meta identificar os casos suspeitos em estudantes
de 5 a 14 anos de escolas públicas localizadas em municípios com alta
carga da doença. O objetivo é aumentar o diagnóstico precoce e
identificar comunidades em que a hanseníase e verminoses ainda
persistem. As visitas às escolas, avaliar alunos que apresentem sinais e
sintomas das doenças, serão realizadas em parceria com estados e
municípios. A busca contará com a participação de agentes comunitários
de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família.
Durante a campanha, os profissionais estarão atentos também aos
estudantes que já foram diagnosticados pela doença para garantir o
acesso ao tratamento e a cura do paciente. Já os casos suspeitos serão
encaminhados à Rede de Atenção Básica de Saúde para confirmação do
diagnóstico e início imediato do tratamento. “Se a equipe de saúde
identificar uma criança ou um adolescente com hanseníase é porque tem um
caso na sua casa ou na comunidade onde ele vive. Certamente este caso
ainda não foi detectado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas houve a
transmissão para o estudante. A campanha ajudará a descobrir comunidades
onde ainda há transmissão da doença”, adiantou o ministro.
A iniciativa também pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas
intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e
diarreia). Estes parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o
rendimento escolar da criança. O tratamento será realizado pelos
profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esta ação também
prevê a distribuição de 10 milhões de cartilhas para orientação de
professores e estudantes.
0 comentários:
Postar um comentário