O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira
(05), o Portal do Cidadão, uma ferramenta que permite ao
usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) acessar informações sobre o
atendimento que recebe nas unidades de saúde pública. No site, todo cidadão
pode colocar informações sobre internações, cirurgias, atendimentos
ambulatoriais de média e alta complexidade. Além disso, também vai ser possível
acrescentar dados importantes relacionadas à saúde, como doenças crônicas,
medicamentos de uso diário ou alergias. “Criamos um acesso direto a um
portal na internet onde o paciente pode colocar um conjunto de informações
sobre a saúde dele. Com o nome do usuário é possível encontrar as informações
sobre ele. Mas existem três opções: Pode ser público, pode ser apenas para o
médico que a pessoa liberar ou com acesso restrito, onde só o usuário pode ver.
Isso é do desejo dele. Mas as informações ficam guardadas com fortes critérios
de segurança”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Os dados são de divulgação restrita aos pacientes, que
poderão liberá-los a seu médico de confiança ou permitir que todos os
profissionais que o atendam tenham acesso. Ao acessar estas informações, o
profissional que tiver autorização do paciente poderá, de qualquer lugar,
traçar o diagnóstico e ofertar o tratamento mais adequado ao histórico do
usuário, que também pode incluir links de laudos e exames já realizados. “As
informações podem ficar disponíveis para o médico pelo tempo que o usuário
achar necessário. Pode ficar liberado dois meses ou por cinco anos. Lá o médico
pode ter acesso a todos os registros e se tiver o e-mail cadastrado no portal
ele poderá usar a plataforma para se comunicar com o paciente, como passar resultados
de exames, por exemplo. As duas partes interessadas recebem uma informação
eletrônica”, detalhou o ministro.
Para se cadastrar no site o usuário precisa informar apenas
o nome e o número do CPF ou do número do Cartão SUS. “A pessoa que
não sabe se tem o cartão do SUS pode checar o número dele no Portal e até
imprimir o cartão em casa, em folha A4. Quem não tem o cartão pode fazer o
pré-cadastro pelo Portal e depois validá-lo na unidade de saúde mais próxima. E
quem já tem o número pode atualizar todos os dados”, lembrou Padilha.
E-SUS – Outra novidade que o ministro anunciou
foi o software público E-SUS Atenção Básica (E-SUS AB), uma ferramenta
gratuita para os municípios brasileiros, capaz de organizar a gestão do
funcionamento das unidades básicas. “É um passo importante do processo de
informatização do SUS. Agora temos duas ferramentas, uma ferramenta voltada
para o cidadão e uma para o gestor da UBS (Unidades Básicas de Saúde), feitas
para melhorar o cuidado ao paciente e o conjunto da gestão”, declarou Alexandre
Padilha.
Uma ferramenta para modernizar os serviços públicos de saúde
que partir de um convênio entre o Ministério da Saúde e
a Universidade Federal de Santa Catarina, irá implantar o prontuário
eletrônico que, sem precisar de papel, reunirá todo o histórico de atendimento
do paciente. A plataforma também oferece soluções para agendamento de consultas
e monitoramento do cumprimento da carga horária dos profissionais de cada
unidade básica de saúde.
As informações sobre os pacientes ficarão armazenadas nas
unidades do município. Apenas os dados gerais, que servem para orientação de
políticas públicas de melhoria da qualidade e do acesso ao SUS, constarão na
base nacional do Sistema Cartão SUS. “O ministério desenvolveu a tecnologia e
ajudou os municípios a economizarem com investimento em tecnologia. A partir de
março os municípios já podem baixar a plataforma no site de atenção básica ou
instalar por meio de pendrives. Agora a bola tá com os prefeitos!”,
explicou o ministro.
Banda larga – “Fizemos um senso detalhado sobre
o acesso a conectividade e batemos na porta de cada unidade básica de saúde.
Cerca de 30% delas tem alguma internet”, comentou o ministro Padilha, antes de
anunciar que irá custear a conexão com Internet banda larga para as quase 14
mil unidades básicas que aderiram ao Programa Nacional de Melhoria do
Acesso e da Qualidade (PMAQ).
Em busca da ampliação do acesso, da melhoria da qualidade da
atenção básica e para aperfeiçoar a capacidade de atendimento, o Ministério da
Saúde fechou parceria com o Ministério das Comunicações e depois do
carnaval será realizada audiência pública com as operadoras de telefonia para
definir o cronograma de implantação do serviço de banda larga. A expectativa é
lançar em março o edital para selecionar as empresas que levarão a conexão às
unidades. Todos os custos serão pagos pelo Ministério da Saúde.
Mais ferramentas – Com o auxílio de mapas o
portal também vai possibilitar consulta aos estabelecimentos que atendem pelo
SUS, como unidades básicas, clínicas e hospitais. O usuário poderá localizar a
opção de atendimento mais próxima e identificar pontos para retiradasde
medicamentos na lista de farmácias do programa “Aqui Tem Farmácia Popular”,
tanto nas públicas quanto nas redes privadas credenciadas.
Fonte: http://cosemsrj.org.br/saude_ms_dados_pacientes_sus.html
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